quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Do sofrimento à aceitação.


Quando estamos preparados para as perdas? É possível nos prepararmos? Sempre, em qualquer situação , no fundo dos nossos corações resta uma esperança que na última hora haja um milagre. Um milagre para a morte. Um milagre para a volta do amor que foi.Um milagre para um amigo que nos decepcionou. Tudo isso são perdas que deixam o coração partido. E as perdas são por demais difíceis de suportar. 
Quando algo ou alguém é tirado de nós, seja de que forma for, a dor que sentimos parece que dilacera além do coração; a alma. E passamos por todas as etapas, do sofrimento até entendermos e aceitarmos.
Mas o que é nosso verdadeiramente? Nada. Nem a nossa vida é nossa. Deus nos concede a permissão de estarmos aqui. Dá-nos o sopro divino e este envólucro, chamado corpo,  para carregarmos a alma e o espírito.Às vezes, nos é arrebatada de forma cruel, outras vezes,parece que Deus nos leva para fazer algum reparo na maquinaria.
Nossos sentimentos são tão fortemente arraigados à posse que é impossível a aceitação da perda. É nosso...tudo é nosso.Apenas no nosso pensamento material, humano e por vezes pequeno.
Com tudo isso, e apesar de tudo isso, um dia estamos tristes e no outro a vida brilha e pulsa.E são nesses momentos de pulsação da vida, que temos que abraçar cada situação para sermos felizes. Já que a felicidade não é estado permanente.
Um olhar.Um abraço. Um aperto de mão. Um beijo.Um cheiro. Uma cor.Tudo é válido para alimentar a vida.E muitas vezes deixamos a vida escorregar das nossas mãos, por entre os nossos dedos apenas por crenças e preocupações banais.
A morte é amiga ou inimiga? O amor que se foi;deixa-nos uma porta aberta para vir outro maior? 
Toda situação que nos é negativa deixa apenas um "se" para justificar o acontecimento.
Muitas vezes tudo parece muito confuso e embotamos a visão para o brilho da vida.Muitas vezes queremos muito algo e não temos coragem de ir atrás, apenas queremos.E cada dia que passa é um dia a menos nas nossas vidas. Começamos a envelhecer no dia em que nascemos.E porquê será que embaralhamos tanto as cartas quando a única coisa que queremos é distribuí-las de modo que fique claro a mensagem de cada uma? Somos serzinhos bem confusos.
Erguer a cabeça e focar o horizonte ainda é a melhor alternativa. Antes que  a nossa maquinaria necessite de conserto.

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