É como se de repente tivesse
despertado dum profundo sono
Passado toda uma existência
numa cegueira e surdez arquetípicas...
Como pude, por tanto tempo, viver desconectado?
portando um corpo que não me representasse;
fazendo dele a expectativa social,
fazendo com ele uma performance?
usando como máscara daquilo tão sagrado que sou?
encenando e pedindo por ele o apreço que deveria ter
dedicado e imposto à minha pessoa?
Quantas vezes meus encontros amorosos
se fizeram só corporalmente.
Quantas vezes um corpo vazio, um coração solitário e
uma alma ausente...
Preocupada que estava em parecer o melhor
tenso, fechado, egocentrado me proibindo à entrega e a
recepção (Continua.)
Texto cedido gentilmente por Sônia Alvarez- médica da infância, adolescência e medicina holística.
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