Crescer não é fácil. Crescer dói. Crescer exageradamente e
anatomicamente para cima e para os lados dói. Crescer emocionalmente dói.
Profissionalmente. Pessoalmente
E para o bem ou para o mal, estamos em constante crescimento.
É que a expectativa dessa evolução é angustiante, frustrante, decepcionante e
em outras; emocionante e gloriosa.
Quando somos a criança olhamos para cima e vemos um adulto
que não termina mais de tão grande. Adolescente desajeitado, almejamos sempre
ter altura de modelos. E se o crescimento faz girar alucinado o ponteiro da
balança, se não estivermos psicologicamente preparados, e nunca estamos, é
angustiante. Então, ficamos da altura de um adulto, correndo atrás de muitos
sonhos, tentando afastar os pesadelos e morrendo de vontade de voltar a ser
criança, para o único sonho ser apenas alto
e ter sempre alguém para assoprar o machucado e secar as lágrimas.
Então somos adultos e precisamos continuar crescendo. Por que
precisamos, por que a sociedade exige e por que geralmente temos alguém que
precisa de nós para também crescer. Um filho por exemplo.
E o caminho, às vezes, se faz tão tortuoso. Os obstáculos
imensos, e as provações surpreendentemente grandes.
Mas, para frente que se anda. Jogue o sonho o mais alto que
puder, se ele chegar à metade do caminho já terá vencido quase toda a partida.
Em frente. Sempre.
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